segunda-feira, 7 de abril de 2014

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Eu ando assim, abismo. Peço desculpas a mim mesma. São tentativas de salvamento. Já fui ponte por tempo demais. Já me destruí. Um pouco por dia. Um tanto por ano. Mil anos em um. Séculos por segundo. Um dia sempre será de desmoronar tudo. Ainda me afogo nesse visgo que é tentar parecer forte demais. Areia movediça (…) Calabouço existencial. Ser forte é uma prisão. Ser forte é degenerativo. Sobreviver exige uma dose bem grande de fragilidade vez em quando. Sobreviver. Levar a vida. Continuar. Fui fortaleza. Fortaleza falsa, mentirosa, de abraço que sufoca, sorriso que asfixia. Fortaleza cárcere. Ser forte pode matar, sabia? (…) Tudo tão inútil. Onde há janelas? (…) Quem nos salvará de nós? Onde foi morar a nossa alegria? Van Luchiari


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