segunda-feira, 24 de março de 2014

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Mulheres não gostam de machos primitivos que arrastam moçoilas pelas madeixas. Mas amam os que as conduzem gentilmente como em uma pista de dança. Odiamos mau-humor, brutalidade e ignorância. Mas isso não quer dizer que não admiremos a virilidade. Essa nos encanta. O modo como ele roça a barba em nosso pescoço enquanto sussurra pedidos, o jeito como caminha sem medo e nos observa de um jeito só seu. Os elogios inesperados enquanto falamos casualidades, o modo como encosta seu rosto no nosso, como se para furtar pensamentos. Homens gentis são absurdamente sensuais. Há quem os confunda com os melosos, grudentos e “ tridents “ da vida, que colam e descolam com uma facilidade tamanha. Não digo esses, mas sim os que sabem valorizar os atributos de uma mulher, sem ousar vulgarizá-los. Sabem dispor de seus desejos em situações pertinentes. Não fingem ser personagens fictícios apenas para ensaiar seu ato e depois partir. Eles conquistam. Investem nas sutilezas escondidas pois confiam em sua sensibilidade. Sabem expandir seus maiores sorrisos e dividir os maiores instantes. Não a comparam com outras mulheres, pois veem em sua amada notória singularidade. Não se importam com clichês sociais, disse-me-disse e quaisquer outras rotulações. São homens livres mas fieis ao que sentem. Que servem não somente para abrir a tampa do refrigerante light que você não bebe, mas também para descortinar esse coração apertado, que tá quase sem ar, já cerrado há um tempo, e que não vê a hora de ser violado. Noemi Prates.


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